terça-feira, 23 de agosto de 2011

Acredite se quiser. Fui recentemente expulsa de uma escola pública da cidade de Maricá _município do Estado do Rio de Janeiro a 80km da capital_ por trabalhar direcionada aos meus projetos educativos, por não ter essa escola nenhum projeto que me incluísse. Na verdade nem considero projeto aqueles fragmentos de propostas "pedagógicas". Como fato agravante da minha expulsão, foram alegadas as seguintes ninharias: Não arquivamento de advertências a alunos, Não atendimento a pais não agendados, falta de cumplicidade com a direção mediante os atos de punição indevidos e arbitrários,incompatíveis às minhas convicções pedagógicas.
Esses motivos foram os que eu tive acesso. acredito que no maldito relatório a meu respeito, encaminhado à secretaria de Educação, houvesse toda forma de absurdos que até abri mão de querer saber.
Se me convidassem a sentar e ensiná-las (as tais diretoras) a construir o Projeto Político Pedagógico da escola ,não lhes sobraria tempo pra elaborarem tão direitinho a minha sentença. Fui julgada e condenada a abandonar o grande trabalho que vinha desenvolvendo com aproximadamente 500 jovens, porém nunca reconhecido pelas tais senhoras. Felizmente a juventude é mais sábia do que parece. Subestimados nas suas capacidades intelectuais, não sufocam a pergunta que não quer calar: Por que ela? Queremos ela de volta! Por que não nos deram o direito de opinar? E eu lhes respondo: por elas temeram um trabalho que os tornassem críticos , ativos,criativos,pensantes. " Mesmo na minha ausência , nunca mais esses meninos e meninas serão os mesmos, dei-lhes a oportunidade de perceberem criticamente o que não lhes convém. Se os transformei ,saí vencedora deixando o meu legado. Agora certamente será urgente a reformulação das práticas, que infelizmente contribuíram para a incompreensão do que tentei fazê-las enxergar.

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